sábado, julho 25, 2009

De como o futebol brasileiro se organizou

Podemos dizer que o futebol brasileiro se organizou nesta primeira década do século XXI. Campeonato em pontos corridos, calendários sendo cumpridos, quatro divisões organizadas, uma segunda forte. Há dez anos seria difícil imaginar isto.

As décadas de 80 e 90 foram marcadas pelas “viradas de mesa”- descumprimento dos regulamentos ao bel prazer para beneficiar clubes a não serem rebaixados. A credibilidade era zero.

A criação do Clube dos 13 incentivou este descaramento. Os clubes não caíam, pois ficavam nas últimas posições, mas em cima da hora mudava-se a regra e no ano seguinte a equipe era resgatada. Aconteceu com BOTAFOGO, ATLÉTICO MG, FLUMINENSE, SANTOS, CORINTHIANS, VASCO.

Já o GRÊMIO caiu em 91 e no ano seguinte mudaram a segundona com ela em andamento e subiram 12. O regulamento original previa 4, mas como o GRÊMIO não estava tão bem, resolveram dar uma ajudinha.

Ano 2000, Copa João Havelange. BAHIA e FLUMINENSE foram beneficiados. Desde então não tivemos mais viradas de mesa, quem caiu, caiu e teve que subir em campo. Bom avanço.

Um deslize
Melhorou, pois era asqueroso. Mas não podemos dizer que nesta década a cartolagem parou de agir e temos um campeonato decidido nas quatro linhas. O episódio de 2005 tornou o CORINTHIANS campeão e prejudicou o INTERNACIONAL. Mais uma vez o tapetão valeu mais que o resultado original em campo.

O fato abalou novamente a credibilidade do futebol brasileiro, mas nem perto do oba-oba de 80 e 90. Hoje temos uma fórmula certa, que se repete pelo sétimo ano consecutivo – algo impensável no passado. As rodadas são respeitadas, assim como os rebaixados, e a luta por vagas na Libertadores e Sul-americana oferece desafios a todos os participantes, ninguém mais "cumpre tabela".

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