Despercebidos coadjuvantes

O campeonato brasileiro chega mais uma vez na reta final sem a presença de um paranaense na parte de cima da tabela. É o terceiro campeonato consecutivo em que nossos clubes participam como despercebidos coadjuvantes.

A era dos pontos corridos começou em 2003 e até 2006 mantínhamos uma boa média. Em 2003 o CORITIBA terminou em 5º e foi para a Libertadores. No ano seguinte o ATLÉTICO foi vice-campeão. Em 2005, o Furacão acabou em 6º e no ano seguinte, o PARANÁ ficou em 5º e também se classificou para a Libertadores.

De lá para cá pouca coisa para comemorar. Perdemos um representante na elite e acumulamos maus resultados. Na metade de baixo da tabela é onde se acostumaram a ficar nossos clubes, inclusive o Tricolor, mesmo na série B.

Enquanto isso paulistas, cariocas, mineiros e gaúchos disputam o topo e emocionam seus torcedores. Para nós restam raras vitórias empolgantes, fuga do rebaixamento e marasmo, bastante marasmo.

Atlético rumo ao “Tri”

Com a ótima vitória sobre o Corinthians no Pacaembu, o Furacão chegou mais próximo de conquistar pela terceira vez consecutiva o “título” alcançado nos dois últimos campeonatos brasileiros: a permanência na primeira divisão.

Ano passado, a diretoria fez até um vídeo para comemorar a grande conquista. Vamos ver o que preparam para este ano em homenagem ao expressivo resultado a se confirmar. A diretoria parece satisfeita com o recente desempenho rubro-negro. E a torcida?

O apaixonado torcedor atleticano sonha com outros tempos. Não um tempo futuro, mas um período que já passou – quando o Furacão despontou como um novo grande do futebol brasileiro.

Inaugurou a Arena em 99, fez uma bela Libertadores em 2000, Campeão Brasileiro 2001, Tri Paranaense, vice brasileiro em 2004 e vice da Libertadores 2005.

Já se passaram quatro anos e mais nada de bom aconteceu. Lutas contra o rebaixamento no Brasileirão e eliminações para o Volta Redonda e Corinthians de Alagoas na Copa do Brasil.

O Atlético teve seus anos dourados, fez o torcedor sonhar. Era apontado como favorito pela imprensa nacional. Entrava nos campeonatos para ganhar. A febre passou. O clube voltou a sua normalidade de equipe de porte médio. Uma pena.